Durante a semana aconteceram situações que me fizeram refletir sobre os rumos da humanidade. Na quarta-feira passei por uma prova. Para quem não sabe o processo de promoção do Estado é por avaliação. Comecei a fazer a prova e quando cheguei à parte específica percebi duas aberrações. Uma delas foi que forneceram os valores de seno, cosseno e tangente de 30° e a outra aberração foi que também forneceram a fórmula do volume do cilindro.
Seria algo normal se a prova não estivesse sendo realizada para professores de Matemática. Na minha concepção, ninguém tem obrigação de saber essas coisas, mas o professor de Matemática sim. Você pode estar pensando que a prova foi realizada por alguma dessas empresinhas recém criadas que estamos acostumados a ver por ai, mas não, a prova foi realizada pela Fundação Carlos Chagas!
Aonde vamos parar, será possível existir professores de Matemática que não sabem nem o mínimo necessário, como os valores básicos da trigonometria e volume dos sólidos geométricos mais comuns? Estaria a minha categoria entrando em decadência?
Outra experiência foi na sexta-feira. Desde 2008, eu não assistia ao vivo uma seção de Câmara, no momento estou dedicando meu tempo a coisas mais prazerosas. De 2005 a 2008 eu era mais assídua porque como responsável pela pasta da educação, precisava estar por dentro de tudo, pois dependia deles (dos vereadores) para a aprovação dos projetos que eu pretendia realizar.
Todavia faço parte da comissão do novo plano de carreira do magistério e foi cogitada a possibilidade de entrar para votação, assim vários professores combinaram de ir para lá. Como meu nome está estampado na capa do projeto, tenho que acompanhar tudo. Somos cobrados pelos nossos pares e meu sentimento de responsabilidade me obriga a agir assim.
O plano não entrou em discussão, mas como já estava lá, resolvi ficar um pouco mais. Assustei com o que vi. Eles (os vereadores) também estão em decadência. Foram discussões vazias que poderiam ser suprimidas em favor ao cumprimento de trabalhos mais importantes. Eu já havia ouvido comentários na mídia local sobre a atuação dos legisladores, sobre a grande quantidade de títulos de cidadania, sobre histórias fruto de imaginações que viraram piadas, mas não imaginava que estivesse assim.
Não estou generalizando todos os vereadores, inclusive senti que alguns se encolhiam envergonhados e trocavam olhares com o público presente parecendo pedir desculpas pela atuação dos colegas!
Quando terminou, o presidente leu uma lista de trabalhos que ficaram pendentes para a próxima seção. Não seria mais proveitoso se os legisladores entrassem num acordo e ao invés de ficar perdendo tempo com críticas mútuas, acelerassem os trabalhos e buscassem trabalhar mais para trazer benefícios ao povo de nossa cidade que os elegeu?
Não gosto da palavra “decadência”, mas os dois fatos me fez refletir. Nossa geração (os nascidos nos anos 50 e 60) está deixando para as futuras gerações um mundo cheio de tecnologias, contudo não estamos conseguindo fazer com que eles mantenham o conhecimento, a sabedoria, os valores de ética, moral e respeito que nós herdamos dos nossos pais e isso é extremamente preocupante!
Está na hora da sociedade parar, refletir e mudar alguns conceitos, antes que seja tarde demais.
Seria algo normal se a prova não estivesse sendo realizada para professores de Matemática. Na minha concepção, ninguém tem obrigação de saber essas coisas, mas o professor de Matemática sim. Você pode estar pensando que a prova foi realizada por alguma dessas empresinhas recém criadas que estamos acostumados a ver por ai, mas não, a prova foi realizada pela Fundação Carlos Chagas!
Aonde vamos parar, será possível existir professores de Matemática que não sabem nem o mínimo necessário, como os valores básicos da trigonometria e volume dos sólidos geométricos mais comuns? Estaria a minha categoria entrando em decadência?
Outra experiência foi na sexta-feira. Desde 2008, eu não assistia ao vivo uma seção de Câmara, no momento estou dedicando meu tempo a coisas mais prazerosas. De 2005 a 2008 eu era mais assídua porque como responsável pela pasta da educação, precisava estar por dentro de tudo, pois dependia deles (dos vereadores) para a aprovação dos projetos que eu pretendia realizar.
Todavia faço parte da comissão do novo plano de carreira do magistério e foi cogitada a possibilidade de entrar para votação, assim vários professores combinaram de ir para lá. Como meu nome está estampado na capa do projeto, tenho que acompanhar tudo. Somos cobrados pelos nossos pares e meu sentimento de responsabilidade me obriga a agir assim.
O plano não entrou em discussão, mas como já estava lá, resolvi ficar um pouco mais. Assustei com o que vi. Eles (os vereadores) também estão em decadência. Foram discussões vazias que poderiam ser suprimidas em favor ao cumprimento de trabalhos mais importantes. Eu já havia ouvido comentários na mídia local sobre a atuação dos legisladores, sobre a grande quantidade de títulos de cidadania, sobre histórias fruto de imaginações que viraram piadas, mas não imaginava que estivesse assim.
Não estou generalizando todos os vereadores, inclusive senti que alguns se encolhiam envergonhados e trocavam olhares com o público presente parecendo pedir desculpas pela atuação dos colegas!
Quando terminou, o presidente leu uma lista de trabalhos que ficaram pendentes para a próxima seção. Não seria mais proveitoso se os legisladores entrassem num acordo e ao invés de ficar perdendo tempo com críticas mútuas, acelerassem os trabalhos e buscassem trabalhar mais para trazer benefícios ao povo de nossa cidade que os elegeu?
Não gosto da palavra “decadência”, mas os dois fatos me fez refletir. Nossa geração (os nascidos nos anos 50 e 60) está deixando para as futuras gerações um mundo cheio de tecnologias, contudo não estamos conseguindo fazer com que eles mantenham o conhecimento, a sabedoria, os valores de ética, moral e respeito que nós herdamos dos nossos pais e isso é extremamente preocupante!
Está na hora da sociedade parar, refletir e mudar alguns conceitos, antes que seja tarde demais.