quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Repetindo os mesmos erros

Na última sessão de câmara, realizada no dia 25 de novembro, foi discutido um projeto de lei enviado pelo poder executivo onde o objetivo era alterar a estrutura administrativa da prefeitura anexando a coordenadoria de turismo à secretaria de educação que já agrega cultura e esportes, excluindo a mesma da secretaria de desenvolvimento social e sustentável. Por sua vez a secretaria de desenvolvimento social e sustentável ganharia a diretoria de projetos e urbanismo que deixa de pertencer à secretaria de obras públicas. Houve um caloroso debate até que os vereadores resolveram adiar o projeto para ouvir as “explicações” de quem compete para só assim deliberarem sobre o projeto.
Não costumo comentar assuntos que desconheço, mas quando envolve educação municipal me sinto bastante à vontade para tecer meus comentários e dizer que sou totalmente contra a reestruturação, isso porque haveria prejuízos para todas as áreas. A educação é imensa, tem mais da metade dos funcionários de toda a prefeitura e já agrega cultura e esportes. Aumentar mais uma coordenadoria seria extremamente complicado porque o turismo não receberia a atenção devida.
Enquanto outras cidades da região trabalham com secretaria exclusivamente voltada para a educação, em Porto Feliz querem unir quatro grandes áreas em uma só, fazendo com que todas saiam perdendo.
O turismo tem potencial para ser um dos maiores braços do desenvolvimento econômico de nossa cidade e deve ser vislumbrado desta forma. A diretoria de desenvolvimento econômico é o setor responsável por buscar e programar ações que garantam emprego e renda para a população. Porto Feliz tem potencial turístico para isso, mas precisa buscar recursos para tal e somente estando atrelada ao desenvolvimento econômico terá oportunidades mesmo que seja em médio prazo.
Não vejo explicações para as mudanças! Acredito que dentro de uma visão unilateral e equivocada estão reunindo as áreas correspondentes às habilidades de uma única pessoa num mesmo bloco, descartando aquela que na visão da atual administração não corresponde à habilidade do secretário.
Desta forma estamos repetindo os mesmos erros do passado onde faziam reestruturações e criavam cargos para atender as habilidades de uma determinada pessoa e não para atender o interesse público ou até mesmo a lógica! Turismo não é fazer evento, não é apenas fazer carnaval e semana das monções, turismo é muito mais.
A estrutura administrativa da prefeitura precisa ser revisada, existem diretorias que deveriam ser secretarias, mas como fazer isso sem aumentar os índices da folha de pagamento? Simples, basta suprimir algumas diretorias que será possível equilibrar as contas e não trazer mais ônus aos cofres públicos.
Confesso que gostaria de ouvir uma explicação convincente para as mudanças e confesso que eu não encontraria argumentos para isso e não me venham falar em "turismo educacional" porque não faz sentido. 
Senhores vereadores analisem bem o projeto, visualizem o todo, sem paixões, façam valer o seu voto! Educação tem que ser prioridade e não é possível acrescentar mais uma responsabilidade para o setor que cuida do amanhã, do nosso futuro. Uma cidade só será reconhecida e seu povo terá um futuro de glórias se seus olhares estiverem voltados para a educação. 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O TRAUMA DA VAQUINHA "AMARROM"

Tarde da noite, o sono não vinha, dias difíceis, sentimentos a flor da pele. Passar o tempo, somente dando uma “olhadinha” no meu facebook, alguns amigos ficam por lá até altas horas!
Encontrei uma amiga deprimida e começamos a trocar algumas mensagens só que compartilhadas, daquelas que todos podem ver. Estava mal, chateada, desenxabida e tudo podia acontecer e aconteceu, numa resposta que dei a ela coloquei um “h” a mais numa palavra, ou seja, cometi um terrível erro de Português, assassinei a “Flor do Lácio”!
No dia seguinte percebi que mais pessoas haviam comentado a mesma postagem e uma das pessoas, professora de Português sentiu imensa satisfação em reescrever a palavra no seu comentário com letras maiúsculas, mostrando para mim e para todos que eu havia errado.
Naquele momento voltou o mesmo sentimento e a tristeza da infância quando no segundo ano primário com sete aninhos, me expressei mal e fui ridicularizada durante a aula. Fiz uma redação onde caprichei na história, inclui sentimentos, criei, fiz um trabalho limpo e ilustrei com um desenho! Achei que obteria a nota máxima, mas escrevi: "Era uma vez, uma vaquinha amarrom". O "amarrom" custou gozações por parte da professora fazendo com que a turma toda risse de mim, um bullying cruel praticado por quem estava sendo paga para ensinar! Para mim, naquela idade, o "amarrom" era um amarelo escurecido!
Desanimada com a Língua Pátria segui toda a minha vida assim, o destino não ajudou, meus professores eram substituídos a todo o momento e raras vezes foram professores comprometidos! Minha nota era o suficiente para passar, o trauma da vaquinha “amarrom” perdura até hoje!
Agora há pouco vi uma postagem de um colega, ele fala do atual momento político que vive a nação, ótimas colocações, porém ele trocou um “s” por um “z”! No primeiro comentário já pude constatar que uma professora de Português, não se importou em comentar a mensagem que ele deixou, mas fez questão de reescrever a palavra de forma correta, causando, creio eu, o mesmo constrangimento.
Na década de 1990 uma das teorias fortemente debatidas nos meios educacionais foi a de que cada indivíduo tem um tipo de inteligência mais desenvolvida do que outra. A “Teoria das Inteligências Múltiplas” de Howard Gardner ganhou projeção mundial.
Analisando tudo acho que os professores de Português, jornalistas e todos que tiveram a oportunidade de estudar a fundo o nosso idioma não devem parar de nos corrigir, contudo sugiro que façam de forma sutil (in box). Vocês são privilegiados, tiveram formação para perceber os erros da gramática, concordância, etc., Muitos de nós não tivemos porque estávamos nos especializando em disciplinas fundamentais para formação de outras áreas (engenheiros, arquitetos, médicos, técnicos, etc..)
Sou professora de Matemática há trinta anos e muitas vezes me deparei com situações hilárias: dei uma nota de vinte reais para descontar dezesseis e a balconista fez o cálculo na calculadora! Mesmo assim, nós matemáticos não ficamos cobrando de ninguém conhecimentos, mesmo aqueles do Ensino Fundamental, como uma Raiz Quadrada ou a resolução de uma Equação do Segundo Grau, ou a resolução de um problema através do Teorema de Pitágoras, mas somos constantemente cobrados e até ridicularizados quando trocamos um “s” por “z” ou acrescentamos um “h” a mais.
Regularmente nos deparamos com pessoas dizendo que a Matemática não serve para nada e ainda afirmam categoricamente que não usam Matemática na sua vida. Só que o infeliz não sabe que se não fosse a Matemática ele estaria vivendo numa caverna, porque todos os avanços da humanidade estão atrelados aos cálculos.
Sem a Matemática nós não estaríamos confortavelmente instalados em nossas casas, não teríamos energia elétrica e muito menos um computador na nossa frente! Nós podemos até não ter construído a nossa casa, não entender como a energia chega até nós e não saber como o nosso computador foi feito, mas quem fez tudo isso só conseguiu porque aprendeu Matemática.
Portanto, através deste texto cheio de “erros de Português” recomendo mais respeito e sutileza. Não deixem que as pessoas parem de expor suas idéias com medo de errar. Vivemos numa diversidade, nos completamos!

sábado, 9 de novembro de 2013

MINHAS DIRETRIZES NÃO SE COADUNAVAM COM O EXECUTIVO - A RESPOSTA

Tinha decidido não postar nada, mesmo porque o objetivo deste blog é fazer homenagens, reflexões, falar de coisas boas e das pessoas que eu amo. Mas diante das colocações feitas na imprensa local, resolvi postar.
EU JÁ PREVIA
Para melhor entender esta postagem recomendo a leitura de outra que fiz no dia 14 de novembro de 2012, há quase um ano, intitulada REFLEXÃO:
Naquele dia eu estava desabafando, tentava expressar um pouco da minha angústia! Eu tinha feito a primeira reunião de trabalho na tarde anterior e já estava decepcionada!
NA CAMPANHA
Antes das eleições pediam para que nós cuidássemos dos detalhes do plano de governo da Educação. Nos comícios e entrevistas sempre que falavam em Educação passavam a palavra ao Miguel, enfim apoiamos achando que a Educação seria respeitada e isso não estava atrelado de forma alguma a cargo, mas ao ato de ouvir e deixar que nós com a experiência que temos pudéssemos ajudar nas decisões importantes para a área.
COMO ACONTECIA
Foram tantas “podadas” e palavras “mal ditas” que magoaram tanto, foram tantos atrasos. Por mais que insistíssemos e explicássemos, coisas ainda ficavam pendentes e eu para não macular a imagem do superior, engolia esse dissabor e assumia as falhas junto aos meus subordinados.
Infelizmente sua visão equivocada fazia com que duvidasse de tudo e de todos. Eu ficava angustiada em ver que ele não reconhecia o trabalho da minha equipe. Em cada uma das poucas reuniões de secretários realizadas neste período eu ouvia apenas críticas, as quais, tenho vergonha de falar. Nem um parabéns, nem mesmo para transmitir às escolas após o evento de 13 de outubro, nada! Em suas falas e cobranças eu percebia que ele mencionava fatos pontuais. Hoje tudo faz sentido!
MINHAS DIRETRIZES NÃO SE COADUNAVAM COM O EXECUTIVO
Poupe-me, afinal, o que eu conseguiria fazer sem autorização? Nada! Compareci em todas as reuniões as quais fui chamada e solicitei outras. Muitas vezes tive que dizer que a vontade dele não seria possível de ser realizada devido ao nosso estatuto. Ele parecia entender, mas não entendeu. Fui contra outras decisões que julgava estarem erradas, mas mesmo contra minha vontade foram efetivadas. Para mim alegou como motivo da minha saída o fato dele tentar colocar “gente dele” lá e eu não permitir, isso não procede porque nos poucos cargos livres (que não tem amarras no estatuto do magistério) existentes na Educação, Cultura e Esportes existem “gente dele” sim! Quanto a economia, que era um desejo dele, eu fui a única secretária que trabalhou sem a figura de um dos diretores (diretor de educação) e poupei coordenações já previstas.
PREMEDITADO HÁ TEMPOS COM AJUDA DE OUTROS
Há alguns meses atrás, surgiram comentários que ele estaria convidando outra pessoa para o meu lugar, como não levo nada enrolado eu o questionei e ele respondeu: CLARO QUE NÃO, ISSO SERIA TRAIÇÃO! Fato acontecido no dia 06 de maio, dia que me decepcionei muito porque o meu médico particular, então secretário de saúde, pediu exoneração, talvez pelos mesmos motivos.
Após ele negar o Gabinete de Vice-Prefeito ao Miguel, senti que ele nos queria longe, mas não quis provocar minha saída por pensar no reflexo que isso traria, pessoas perderiam aulas e outros seriam atingidos diretos ou indiretamente, como aconteceu!
TODO MUNDO SABIA, MENOS EU
Na terça, de manhã, uma pessoa do primeiro escalão me disse que ele já tinha alguém para o meu lugar. Às 15 horas uma das minhas coordenadoras entrou na sala assustada, com lágrimas nos olhos e disse que a coordenadora de uma escola havia ligado para ela e dito: “A Simone ainda está aí? Estranho, a sucessora dela disse que irá assumir ainda esta semana!”. Além disso, após o acontecido um colega disse que numa determinada escola todos já sabiam que eu estava sendo exonerada às 14 horas! Eu só fui comunicada às 17h05 horas.
NEM TIVE TEMPO DE AGRADECER MEUS COLABORADORES
Não gostei da forma que saí da Secretaria, não tive tempo nem de me despedir daqueles que me ajudaram tanto, soou como falta de educação e de reconhecimento pelo trabalho deles. As 17h10min, momento que deixei o gabinete dele, já não tinha mais ninguém no prédio da secretaria e mais uma vez senti um pressentimento de que eu não deveria voltar lá no dia seguinte! Pedi para que as meninas retirassem minhas coisas particulares da sala e que me enviassem. Quase que não deu tempo delas fazerem isso, a substituição foi imediata.
DESRESPEITO
Após refletir achei um desrespeito, primeiro por ser a última a saber, e depois por não ter tido a chance de organizar minhas coisas e despedir das pessoas. Fui quase enxotada de lá!
CONCEITO DE LIDERANÇA
Refletindo, um líder não pode agir assim! Como decisões que ocupam a primeira página do jornal, mesmo sendo esperada, podem vazar assim, com detalhes? Tem algo errado!
Na minha concepção um líder tem que ouvir o povo, mas não pode ficar dando ouvidos a intrigas de pessoas sedentas por vingança, tem que agregar, tem que ter DISCERNIMENTO e SABEDORIA! Um líder tem que ter confiança nos seus e em si próprio, tem que ter diretrizes, planos, projetos a curto, médio e longo prazo, tem que saber onde está e onde quer chegar, tem que estudar e procurar aprender aquilo que não sabe com quem sabe, tem que confiar, pensar no coletivo e não em particulares ou em particular! Não adianta tentar ensinar...SÓ O TEMPO....
FUTURO
Não quero ficar remoendo esse assunto, farei apenas mais uma postagem prestando contas do meu trabalho nesses dez meses. Meu objetivo é ser feliz e depois dos cinquenta anos não temos mais tempo a perder com coisas insignificantes. Nunca me apeguei a cargos, status, ou coisa parecida, minha única vontade é FAZER.
Mas o meu FAZER não irá parar por aqui, tenho projetos que eu adiei e quero retomá-los, tenho muitos livros para ler, muito para estudar e aprender, muita coisa para escrever, coisas boas que só têm a acrescentar para a felicidade de todos!
AGRADECIMENTOS, MESMO QUE VIRTUAL
Para os meus Colaboradores os quais não consegui agradecer pessoalmente, todos, da Educação, Cultura e Esporte, ofereço a Rosa Virtual que ilustra a postagem e o meu Muito Obrigado!