Parece que foi ontem, fevereiro de 1974, quando adentrei pela primeira vez naqueles imensos corredores. De uniforme tradicional da cabeça aos pés: saia cinza com cinto vermelho, camisa branca com um bolso bordado as iniciais MS, meias brancas até o joelho e sapatos pretos. Todas nós estavamos assim. Era o primeiro dia de aula, uma nova escola, um mundo novo.
Quanta gente diferente pude ver, minha sala era a última do corredor direito. Começaram a chegar os professores: Sr. Bazzo, D. Maria Antônia, D. Salete, Sr. Valdomiro, D. Aurora, D. Célia, D. Júlia, D. Romilce, enfim tudo era muito legal!
Num certo dia, na saída para o intervalo, vi um garoto que saia da sala da sétima série, que era a última sala do corredor esquerdo. Este olhar ficou marcado para sempre, pois aquele garoto, quinze anos mais tarde, se tornou meu marido. Foi lá que pela primeira vez eu vi o Miguel!
Fiquei lá dois anos. Em 1978, retornei no Ensino Médio, foi quando encontrei um professor que marcou minha vida e me inspirou a ser também Professora de Matemática. Professor Betuel, que brincava com a Matemática e nos mostrava que mesmo aquilo que parece complicado é extremamente simples! Basta compreender!
Fiquei lá três anos, e posso dizer com toda certeza de que o Ensino Médio é a melhor parte da nossa juventude! Fui para a faculdade estudar Matemática e em 1986 me vi novamente lá, nos mesmos corredores, agora não mais como aluna, mas sim como Professora.
Fiquei lá alguns anos como professora temporária, mas em 1999, me senti extremamente feliz quando na cidade de São Paulo, no salão nobre de uma escola na Barra Funda, assinei minha efetivação na EE Monsenhor Seckler.
Tive a oportunidade de coordenar a escola por cinco anos, quando em 2005 parti para outros projetos e de lá me afastei por mais cinco anos. Fevereiro de 2010 retornei. Na minha "segunda mente",definição dada pelo escritor Paulo Coelho para aqueles pensamentos e músicas que nos acompanham instintivamente, ouvi o dia todo a música Aconchego de Elba Ramalho. Era a volta para as raízes, para um lugar que amo muito!
Contei minha história de amor por uma escola, sei que cada um tem a sua. Hoje estamos vivendo momentos conturbados, greves, outras dificuldades que infelizmente não está deixando a festa de sessenta anos ser igual a de cinquenta anos e muito menos a de trinta anos as quais presenciei! Mas independente de qualquer coisa,no dia 30 de março, gostaria que os sessenta anos representasse mais sessenta e muitos sessentas para o orgulho da Educação do nosso município.
Parabéns Monsenhor Seckler! Porto Feliz te ama!
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