Seu nome é Maria, Maria Terezinha, ou simplesmente, D. Tere, minha Mãe. Se houvesse uma palavra para defini - lá eu diria: Perfeição. Sim, ela sempre foi e é perfeita em tudo. Alguns colegas dizem que sou perfeccionista, mas garanto que não chego nem aos pés da perfeição que é minha Mãe.
Uma pessoa muito disciplinada. Quando eu era criança tinha hora para tudo. Em casa tudo era perfeito, nos mínimos detalhes, tudo muito limpo e arrumado. A vida não era fácil, meu pai era operário da usina de açúcar e ela doméstica. Às vezes trabalhava como doméstica na casa dos outros, às vezes na fábrica de tecidos, mas nunca, trocou a sua presença junto a nós por dinheiro nenhum. A família sempre foi o mais importante para ela.
Sempre foi muito enérgica, não podíamos reprovar na escola jamais, muito menos tirar notas baixas, reclamação da professora por menor que fossem custava fortes palmadas para mim e para meu irmão. Até hoje ela cobra de nós seus ensinamentos de valores que foram os melhores possíveis e nos tornou pessoas dignas e respeitadas.
Sempre foi uma pessoa cheia de juventude, quando eu tinha meus 19, 20 anos ela me aconselhava a sair de casa, ir aos bailes, viver a vida. Ela dizia que não tinha nada de mais, que era importante viver a juventude, para depois de casada, se acomodar, ou seja, não inverter a ordem das coisas. Era amiga das minhas amigas, às vezes até mais do que eu. Passava horas dando conselhos para elas.
Possui um dom maravilhoso de nos aconselhar, mesmo quando ela nem sequer conhece o assunto no qual temos problemas. Suas palavras são de sabedoria, por isso que cada vez que ouço “LET IT BE” dos Beatles, em “When I find myself in times of trouble Mother Mary comes to me Speaking words of wisdom: Let it be”, lembro-me de tantas e tantas vezes que ela deu a resposta para um problema que eu estava passando e não sabia o que fazer.
Nunca consigo esconder um problema, ela sempre percebe. Parece que penetra no fundo do meu coração e descobre como ele está. Preocupa-se comigo para que eu coma bem, não passe frio, enfim cuida de mim com 48 anos como se eu fosse uma criança.
Só tenho a agradecer a Deus pela Mãe que tenho. Aos 70 anos, enfrentou e enfrenta vários problemas de saúde, mas está aqui, junto de mim. Em cada Dia das Mães eu peço para Deus para que no próximo ano ela esteja aqui junto de mim e Deus tem me atendido e feito de mim uma pessoa muito feliz.
Hoje minha prioridade é cuidar dela, só saio de casa se ela está bem. Com a graça de Deus, desde 2003 ela mora comigo e me dá uma tranquilidade maior, porque estou junto dela a todo momento.
Cada vez eu tenho mais certeza que a família é a base de tudo e não depende de posição social nem de situação econômica, o que ela precisa é ter Deus, muito Amor e Responsabilidade.
Deus, agradeço imensamente pela minha família, principalmente pela minha Mãe, porque se não fosse por ela eu não seria nada do que sou. Minhas preces são pela sua saúde, rogo a Deus para que lhe dê saúde para estar comigo por muitos anos.
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