Uma mudança muito grande notada neste meio século de vida é a relação das pessoas com algumas datas religiosas. Hoje, Sexta-feira Santa, passei o dia refletindo sobre isso.
Recordo-me quando criança que Semana Santa era celebrada quase que a semana toda. Já na quarta-feira a partir das 12 horas as pessoas entravam em vigília e oração. O silêncio era grande e as pessoas tinham que ficar tristes, como se estivessem perdendo um ente querido. Não podia ouvir música, comemorar algo, rir, brincar, nada era permitido.
Na Quinta-Feira Santa, ninguém trabalhava, diziam que era desrespeito. Foi nos anos 90 que o feriado deixou de existir, meus antepassados diziam que não podíamos trabalhar, se divertir, comprar, passear, era só igreja e nada mais.
Haviam muitos exageros, mas era vivida uma verdadeira Semana Santa. Hoje o que vemos, muitos esperando ansiosos pela Sexta-feira Santa para ir para a praia, inventar um passeio, ou qualquer outra coisa parecida.Isso também não faz sentido!
São os extremos, dos exageros ao quase nada ou nada. Do excesso de respeito ao desrespeito total!
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