quarta-feira, 30 de março de 2011

ESCOLA MONSENHOR SECKLER - 61 ANOS


Sete horas da manhã de hoje, cheguei na Escola Monsenhor Seckler, onde todos os dias ministro a primeira e segunda aulas e como sempre encontrei meus companheiros de todos os dias, os professores da escola.

Um deles disse: "hoje é dia de festa, nossa escola está fazendo 61 anos" e os demais colegas reagiram de forma positiva mostrando que também estavam lembrando do dia, como lembramos do aniversário de uma pessoa da família.

Pude perceber o brilho nos olhos de cada um, principalmente daqueles que estavam lá em 30 de março de 2000, quando a escola completou 50 anos, um brilho que na verdade expressa uma uma paixão! Começamos recordar com alegria a história que escrevemos e nos sentimos felizes pela história que estamos ajudando a escrever. Não me contive, cheguei na sala de aula e comentei com os alunos, que dia era hoje!

Acho que pelo menos em três postagens anteriores já contei minha história de amor com a escola, pois ela faz parte da minha vida. Foi lá que fiz parte do antigo ginasial, o ensino médio, foi lá que iniciei a minha carreira, foi lá que conheci o Miguel e hoje, após vinte e cinco anos de profissão, lá é meu porto seguro. Cheguei lá aos onze anos de idade e de idas e vindas, fui viver minhas aventuras profissionais, mas a escola é como uma mãe que me acolhe quando volto!

Estou vivendo uma experiência fascinante neste ano, trabalhando com os alunos dos Termos (Antigo Supletivo) e estou sentindo uma enorme realização profissional. Me sinto em plenitude ao ensinar Matemática para esses alunos.

Parabéns Monsenhor Seckler, Porto Feliz te ama!

domingo, 27 de março de 2011

Não aguento mais ouvir a famosa frase: "O professor precisa mudar sua prática pedagógica"

A ilustração da minha postagem é bastante interessante no ponto de vista do relacionamento da família com a escola, mas não é o tema que pretendo tratar aqui.

Tenho pensado muito durante toda semana, num tema que parece não sumir dos programas de formação continuada da educação. Só nesta semana eu ouvi nas duas escolas que trabalho durante reuniões pedagógicas a famosa frase: "O professor precisa mudar sua prática pedagógica".

Seria normal, se não fizesse vinte e cinco anos que ouço a mesma coisa. O tempo passou, se assistirmos um filme produzido em 1986, vamos ver a diferença no modo de vestir, nos cabelos, nos acessórios e até mesmo o cenário tem que ser outro, desprovido de celulares e computadores.

Para o professor as salas de aulas que são oferecidas para ministrar suas aulas são as mesmas, o aspecto das salas que dou aulas é igual a de 1974, quando eu era aluna, desculpe, está pior, porque naquela época tínhamos sistema de som dentro das salas e hoje nem isso temos.

Os materias oferecidos são: giz, lousa e agora uns caderninhos vindos do governo do estado, que para quem conhece Matemática, sabe que além de serem desprovidos de didática e lógica, não servem para nada!

Tem sala de informática sim, mas com burocracia para usar e rotineiramente com os computadores quebrados. Softwares e formação adequada para cada fim não existe.

Então porque o professor é cobrado desta forma, como se ele fosse o único culpado pelo fracasso escolar existente nos dias de hoje? Acabei de falar mais uma mentira "fracasso escolar existente nos dias de hoje". É bom lembrarmos que no passado não havia fracasso escolar, porém mais da metade das crianças ficavam fora da escola. Que maravilha de educação era aquela que excluia!

Voltando à reflexão sobre mudanças, já vi muitos projetos serem implantados e extintos, principalmente na rede estadual. Sou do tempo da escola padrão, das salas ambientes oferecidas apenas para dois ou três professores, do tempo do construtivismo mal interpretado por quem se propunha a multiplicar os conhecimentos da teoria, enfim, vi muita coisa dar errado. Faz um longo tempo que o mesmo partido governa o estado, contudo, cada novo secretário de educação chega com um projeto diferente, dizendo em alto e bom tom "agora vamos mudar a educação". Só que nada mudou, nem nada vai mudar. Não estou sendo pessimista e sim realista.

A culpa não é nossa, diferentemente do que eles pensam, não somos nós resistentes às mudanças, se fosse assim eu não estaria escrevendo aqui, no meu blog! A culpa é de quem não muda o aspecto da sala de aula, não oferece novas ferramentas para serem usadas sem burocracias nem agendamentos, o mínimo necessário de materiais que permaneçam nas salas, número de alunos reduzidos dando especial atenção aos casos de inclusão, apoio no caso de haver indisciplina e outras ações necessárias. Mas nem uma mísera sala ambiente para termos nosso próprio espaço temos, quanto mais o resto!

Então porque os responsáveis pelas formações não mudam esta frase infeliz? Deveriam primeiro pensar na estrutura que não é oferecida e cobrar dos gestores, depois ao invés de usar a palavra "mudar", usar "acrescentar" não para mudar e sim para implementar sua prática pedagógica. Só oferecendo no minímo o que citei acima é que poderemos cobrar ações.

Acredito que os "formadores" também não sabem o que fazer, nem o que falar, razão pela qual a famosa frase decorada: "o professor precisa mudar sua prática pedagógica" resiste ao passar do tempo, e é a predileta de governos e gestores que não sabem o que fazer.

sábado, 5 de março de 2011

CARNAVAL...SER FELIZ, NÃO É PECADO!

Embora não participe mais dos bailes de carnaval e nem do carnaval de rua, ainda gosto desses momentos, primeiro por ganhar uns dias de descanso e também porque é interessante ver a alegria do povo.
Há tempos atrás minha participação era intensa, como a foto que ilustra este texto: desfile dos Acadêmicos da Barra em 1982 com o tema "O Circo do Zé Bodoque", eu estava na ala das ciganas.
Já desfilei na Escola de Samba Acadêmicos da Barra, Sociedade Recreativa Monções, Banda do Mé, Trem Vermelho e acredito que em mais alguma agremiação que nem me lembro.
Na minha juventude energia era o que não faltava. Eu conseguia desfilar em um bloco, em seguida em uma agremiação maior e ainda esperar o dia clarear no Clube Recreativo. Tudo isso com muita responsabilidade é claro.
Meus pais nunca proibiram minhas diversões, mas acompanhavam tudo de perto. Acho que é isso que está faltando para os jovens de hoje, família unida com objetivo de fazer o melhor possível por seus filhos.
Hoje gosto muito de acompanhar o enredo das escolas, sempre contam uma história e aprendemos um pouco mais. Gosto de ver o carnaval de rua, que este ano promete, pois a coordenação de eventos do município está nas mãos da Daiane, extremamente competente.
Aproveito o tempo também para colocar ordem em algumas coisas, ler, ver filmes, descansar e atualizar meu blog, que está carente de mim, devido a tantos compromissos que assumi este ano.
Desejo a todos um feliz Carnaval e aproveitem bastante da forma mais deliciosa possível, da forma que seu coração mandar. O tempo passa, não inverta a ordem das coisas, se jovem haja como jovem, se adulto haja como adulto.
Respeito muito aqueles que escolhem como opção o retiro espiritual, mas brincar carnaval não é pecado e nem vai mudar a integridade ou respeito que uma pessoa possa ter em sua vida, desde que brinque com responsabilidade. Felicidade vem de Deus, ser feliz não é pecado!